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sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Previsão é que mercado de motos fique estável

Os empresários do mercado de motocicletas esperam ter ao menos um 2014 de estabilidade, depois de três anos de queda na produção e nas vendas devido à redução da oferta de crédito para o setor. Segundo números da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), houve queda de 7,4% no número de emplacamentos em 2013 sobre 2012, mas o resultado do ano passado deve ser repetido neste, mesmo com a menor quantidade de dias úteis no ano. 

Foram 1,637 milhão de veículos de duas rodas emplacados em 2012 ante 1,515 milhão em 2013, conforme balanço divulgado anteontem pela entidade. A produção caiu de 1,690 milhão para 1,669 milhão entre os dois anos, ou 1,2% a menos. Houve ainda retração de 2,3% nas vendas no atacado, que passaram de 1,625 milhão para 1,587 milhão entre os dois períodos. 

Apesar da previsão de repetir os número do ano passado em 2014, o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, afirma que será um ano de desafios, já que a Copa do Mundo aumenta a demanda por outros produtos, como televisores, e de dias com folgas parciais no comércio. "Nossa perspectiva para 2014 é de estabilidade nos negócios, sem grandes mudanças no cenário em relação a 2013, que prosseguiu com a seletividade de crédito e a retração da atividade econômica", diz. 

Em Londrina, a expectativa também é de estabilidade. O gerente comercial da Kalla’s Moto, Valdecir Antônio Scarcelli, reconhece o desaquecimento nas vendas, mas não vê o pior dos cenários. Ele conta que a empresa tem repetido os mesmos resultados nos últimos três anos, apesar da retração na média do País, e foram necessários apenas pequenos ajustes. "O número de funcionários mudou muito pouco porque nosso espaço é o mesmo, com despesas fixas, então há alguma readequação. Mas nada drástico." 

A empresa chegou a fechar uma loja na avenida Duque de Caxias no fim de 2013, mas Scarcelli diz que a mudança foi estratégica. "Vamos abrir outra em uma região em que precisamos fortalecer mais a marca", afirma. Para ele, o mercado de motocicletas tem sofrido desde que o governo impôs restrições ao crédito, o que exige maior capital de giro para quem quer financiar um veículo do tipo. "No auge, de cada cem motos vendidas, até 95 eram por financiamentos. Jovens de 18 conseguiam comprar a primeira moto com facilidade e hoje está mais difícil para pessoas nessa faixa de idade." 

Outras modalidades de compra, porém, aparecem como opção ao financiamento. Ele conta que os consórcios têm ocupado o espaço no setor e que o sistema está cada vez mais popular. "O cartão do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) tem ajudado também, porque facilita a compra de micros e pequenos empresários", conta o gerente da Kalla’s. 

O empresário da marca afirma ainda que a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis impactou nas vendas das motos. Para este ano, ele acredita que haverá um movimento contrário, que deixará as motocicletas com preços mais atrativos diante do encarecimento dos veículos. "A volta do IPI até o fim de junho, mesmo que aos poucos, e a necessidade de que carros saiam de fábrica com freios ABS e airbags de série são fatores que podem nos ajudar", prevê Scarcelli. 
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