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quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Após ação do MP, frigorífico pode fechar em Apucarana


O frigorífico FrigoBeto, administrado pela Oregon S.A., estuda interromper definitivamente suas atividades em Apucarana depois que a Justiça determinou a vedação de sua estação de tratamento de efluentes. A decisão do juiz Laércio Franco Júnior atende pedido formulado pelo promotor Vilmar Antônio Fonseca, que esteve no local na última sexta-feira. A possibilidade de perder o emprego assusta os 250 funcionários que dependem dos ganhos na empresa para sustentar suas famílias. Na noite de terça-feira (10), cerca de 30 funcinários da empresa foram até a Câmara de Vereadores e fizeram um protesto contra a possibilidade de demissões.

Segundo o advogado da empresa, Phillipe Moreira, o estabelecimento possui todas as licenças ambientais legalmente exigidas para funcionamento e estaria sofrendo perseguição por parte do Ministério Público, que se nega a analisar um compromisso para ajustamento da empresa às exigências legais em um prazo viável, como é praxe. Moreira disse ainda que não se pode modificar um sistema de tratamento de efluentes do dia para noite. “O sistema de tratamento de efluentes do FrigoBeto está instalado naquele local há mais de 20 anos, possui licença de funcionamento do IAP (Instituto Ambiental do Paraná) e é o mesmo tipo de tratamento utilizado pelos outros grandes frigoríficos brasileiros como Friboi e Marfrig”, finalizou.

A diretoria, após reunião ontem, afirmou que a prioridade é a preservação dos postos de trabalho, desde que haja colaboração por parte do poder público, o que até agora não foi demonstrado. “Se não resolvermos esta situação nos próximos dias não haverá outra alternativa que não a de encerrar nossas operações em definitivo na cidade de Apucarana”, disse em nota. Apesar de não estar proibida de funcionar, a liminar obtida pelo Ministério Público (MP), proíbe o uso do sistema de lagoas de decantação, o que inviabiliza o processo de produção. A direção da empresa diz estar já há algum tempo avaliando outras alternativas para o tratamento de seus efluentes junto a área de Engenharia Ambiental, mas que o estudo leva um certo tempo para ser concluído. Também afirma ter contratado o estudo de passivo ambiental completo da área em questão, de forma a comprovar tecnicamente o impacto ambiental gerado que, segundo a empresa é baixíssimo, já que se trata de descarga exclusivamente orgânica.

O impasse gera insegurança para as famílias dos funcionários da indústria, segundo o técnico em segurança do trabalho Claudomiro Lopes, 48 anos, escolhido como representante dos trabalhadores da empresa. “Dependemos do frigorífico para sustentar nossas famílias e a possibilidade de perder o emprego no final do ano é algo que nos assusta”, desabafa o Lopes, funcionário do frigorífico desde 2011. “Queremos uma solução rápida para dar tranquilidade às nossas famílias”, completa. O FrigoBeto gera mais de 250 empregos diretos na cidade e tem projeto de expansão em estudo, para a produção de alimentos processados a base de carne bovina a partir do próximo ano.

De acordo com o Ministério Público, a empresa era investigada por suposta poluição ambiental e, em maio, foi proibida pela Justiça de continuar despejando seus resíduos em lagoas de tratamento que ficam às margens de afluentes no Rio Pirapó. O MP também arrolou o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) como réu, pois o órgão estadual ambiental permitiu o funcionamento do frigorífico mesmo com as denúncias de irregularidades. Já o IAP afirma que o funcionamento da empresa é anterior à legislação que proíbe a instalação das lagoas em áreas de manancial.
EXPORTAÇÃO
Conforme a direção, a indústria retomou as atividades em maio de 2011 sob administração de um grupo de empresários londrinenses, que vem investindo na modernização da planta industrial e na conquista de novos mercados. Atualmente, a unidade é a maior processadora de carne de equinos do Brasil, sendo referência mundial em seu segmento, exportando a totalidade da produção deste tipo de carne para o mercado europeu. É uma das poucas unidades frigoríficas brasileiras habilitada pelas autoridades sanitárias da Rússia (Rosselkhoznadzor) a exportar seus produtos para aquele país. A planta industrial também abate bovinos, cuja produção atende principalmente Sul e Sudeste.  

fonte:http://www.tnonline.com.br
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