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quarta-feira, 28 de agosto de 2013

MP vai investigar abatedouros irregulares no Norte do PR

Adapar teria flagrado abate de animais com tuberculose em estabelecimento de Tamarana


O Ministério Público (MP) abriu inquérito policial para investigar a existência de abatedouros clandestinos de bovinos e suínos na região de Londrina. Uma força-tarefa foi criada após a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) localizar dois pontos de abate de animais em Tamarana (Região Metropolitana de Londrina) e receber denúncias da existência de pelo menos outros três em municípios do Norte do Estado. 

A investigação teve início em janeiro deste ano, quando a Adapar recebeu a informação de que sete bovinos de um sítio de Tamarana estavam com tuberculose. Na época, o proprietário foi notificado do impedimento de transportar estes animais pela agência. "Quando chegamos na propriedade, os animais já não estavam mais lá. Descobrimos, então, que os bovinos haviam sido comprados pelo proprietário de um abatedouro. Chegamos no momento em que dois animais estavam sendo abatidos", explicou a superintende regional da Adapar, Cláudia Rolim Galerani. 

O abatedouro clandestino não tinha nenhuma condição sanitária e de higiene. Os cortes de carne eram acomodados no chão, ao lado de sujeira e do próprio sangue dos animais, e os funcionários não usavam roupas apropriadas para o trabalho. "O proprietário confirmou que sabia que comprou os animais já doentes. O volume de carne era muito para o consumo próprio, o que nos leva a crer que era comercializado", apontou a veterinária, reforçando que o produto provavelmente deve ter sido vendido para estabelecimentos comerciais da região. 

No dia da fiscalização foram encontrados 800 quilos de carne de boi, uma carcaça inteira e dois porcos em um abatedouro. O segundo abatedouro clandestino de Tamarana estava fechado e ninguém foi localizado. 

De acordo com o MP, serão abertos dois inquéritos: um contra o proprietário que comercializou os animais doentes e outro contra o dono do abatedouro. "Nesse caso foi constatado o flagrante e o crime devidamente comprovado. Vamos oferecer a ação penal e esperamos uma condenação", ressaltou o promotor de Defesa do Consumidor de Londrina, Miguel Sogayar. Os acusados vão responder por crime contra as relações de consumo e crime sanitário e podem pegar de dois a cinco anos de detenção. 

A força-tarefa, composta pelo MP, Adapar, secretarias de Saúde e Agricultura de Londrina e Tamarana, Vigilância Sanitária e polícias Civil e Militar, irá realizar uma reunião no dia 11 de setembro, em Tamarana, com representantes de supermercados, restaurantes e bares, para conscientizar os comerciantes sobre a importância de adquirir carne inspecionada. "É importante informar a população também. Este é um problema recorrente em pequenos municípios e só com o auxílio de todos vamos acabar com esta situação", frisou o prefeito de Tamarana, Paulino de Souza (PMDB). "Abatedouros clandestinos atentam contra a saúde pública. Não é possível aceitar produto de origem animal desconhecida. E esperamos que esta força-tarefa surta efeito", relatou o promotor Miguel Sogayar.

Fonte: Folha de LOndrina
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