ANUNCIE AQUI!!! AGUARDEM SOB NOVA DIREÇÃO

maua.noticias@hotmail.com

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Entidades protestam contra fechamento de escolas especiais

A proposta de mudança no texto da Meta 4 do Plano Nacional da Educação (PNE), feita pelo senador José Pimentel (PT-CE), que prevê o fechamento das instituições de educação especial em todo o País, causou revolta geral entre os educadores da área. As Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apaes) fazem hoje manifestações nas principais cidades do país. Em Londrina, uma passeata sairá, às 14 horas, da frente do Teatro Ouro Verde, no Calçadão. 

A presidente da Federação da Apaes do Estado do Paraná, Neuza Soares de Sá, pediu a presença das entidades de todos os municípios da região de Londrina para sensibilizar os legisladores e governantes sobre a importância das escolas para alunos excepcionais. 

"Vamos fazer barulho para chamar atenção sobre os prejuízos causados se as escolas especiais fecharem. Não podemos aceitar a inclusão radical", antecipou. Os organizadores estimam a participação de 700 pessoas na passeata. 

No Paraná, são 327 Apaes que atendem a 41 mil alunos com deficiência intelectual e múltipla. Segundo os especialistas, as escolas regulares não estão preparadas para receber a demanda. "Somos a favor da inclusão, porém há casos que é impensável um aluno com deficiência elevada se adaptar às escolas tradicionais", explicou Neuza. 

O texto original da Meta 4, aprovado na Câmara de Deputados, prevê que as matrículas de alunos especiais devem ocorrer "preferencialmente no ensino regular". A alteração, proposta no Senado, suprime o preferencialmente, o que cessaria as aulas nas escolas especiais. 

No dia 14 de julho, representantes das 2.124 Apaes do Brasil prometem se reunir em frente ao Congresso Nacional para pressionar os senadores. A votação do PNE, que deveria ocorrer em 3 de julho foi adiada e ainda não tem data definida. "Estamos nos antecipando, pois chorar o leite derramado não adianta", advertiu. Segundo ela, a medida traria danos irreparáveis para os alunos. "É um trabalho de décadas que seria jogado no lixo", indignou-se. Na melhor das hipóteses, as escolas se tornariam centros de apoio. 

Outra entidade que deve engrossar o coro no protesto de hoje é o Instituto Londrinense de Educação para Crianças Excepcionais (Ilece). A diretora da unidade do bairro Cafezal, Rosângela Rosa da Silva, defende a educação especial de qualidade e a inclusão escolar com responsabilidade. Ela explica que com a exclusão das entidades dos dados educacionais do governo federal, todos seriam prejudicados. "Sem os repasses de transporte escolar, fundos de educação, não teria como as entidades continuarem funcionando", expôs.

Fonte: Folha de Londrina
Compartilhe : :

0 comentários: