Além de manter projeto permanente sobre o tema, escola de Londrina realiza atividades em parceria com a CMTU Eles ainda não dirigem, mas já fazem parte do trânsito. Seja como pedestres ou futuros motoristas, as crianças também devem integrar as campanhas sobre educação no trânsito. Na Escola Pinheiros, em Londrina, o tema faz parte de um projeto permanente há vários anos e a cada ano letivo um novo aspecto é abordado. Desta vez, a instituição contou com a participação do projeto de Educação no Trânsito da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização de Londrina (CMTU), que realizou uma série de atividades na própria escola. Como parte do projeto, também estão programadas visitas à Escola de Trânsito, mantido pelo Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR) no dia 14 de agosto, para alunos do quinto ano, e no dia 27 de agosto, para alunos no primeiro ano.
Jogo da memória: forma divertida de fazer os alunos memorizarem as placas de advertência e regulamentação
Divididos em duas turmas, na semana passada os 38 alunos do quarto ano do Fundamental 1 puderam participar de uma palestra e jogos interativos sobre o trânsito; já os alunos do primeiro ao terceiro ano conferiram uma palestra com fantoches. Durante a palestra, as crianças puderam conferir vídeos de animação sobre as normas que levam a um trânsito mais harmônico. Propagandas sobre a importância do uso do cinto de segurança também chamaram a atenção das crianças.
Não usar o celular enquanto se está dirigindo foi outro recado bastante ressaltado durante a apresentação, que contou com a participação ativa dos alunos sempre dispostos a tirar dúvidas e compartilhar espontaneamente experiências pessoais que envolvem o comportamento dos pais no trânsito. Um exemplo bastante ilustrativo foi o do personagem "Sr. Walker", que apesar de ser "gentil e bonzinho", quando entrava no carro assumia seu lado mais primitivo, sendo capaz de cometer atitudes absurdas no trânsito.
A forma correta de atravessar a faixa de pedestre foi simulada com fitas adesivas coladas ao chão
"Um dos aspectos do nosso trabalho é voltado para uma maior conscientização dos pais e dos alunos nos horários de entrada e saída na escola e, infelizmente, nem sempre os adultos dão bons exemplos aos filhos: param em fila dupla, não reduzem a velocidade e andam na contramão. É um assunto que sempre precisamos retomar e as crianças ajudam muito nesse trabalho, eles assumem um papel de 'fiscalizadores' e cobram a mudança de postura dos pais", destaca a coordenadora pedagógica Geslaine Vivian da Silva.
O assunto é incluído no dia a dia da escola e entra na rotina de diversas formas, como na aula de geografia e seus aspectos de urbanização. "É um assunto relativamente fácil de trabalhar desde a pré-escola e que eles gostam muito. Dá para fazer trabalhos manuais, como modelagem em massinha sobre o cinto de segurança, análise de propagandas e produção de texto", exemplifica a professora Suziannemara Calderon.
Na quadra da escola, a animação era geral durante as atividades lúdicas. Na primeira parte, os alunos receberam informações sobre a forma correta de atravessar a faixa de pedestre – simulada com fitas adesivas coladas ao chão. Depois, foram formadas equipes de meninos e meninas para participar do jogo da memória sobre as placas de trânsito. Disposto no chão, um grande painel plástico trazia 12 pares de placas de advertência e regulamentação que eram explicadas conforme os representantes das turmas iam virando os quadros das respectivas placas. O senso competitivo esteve bastante presente durante a brincadeira e a cada acerto gritos de comemoração podiam ser ouvidos por toda a quadra.
Ao final do jogo, as crianças demonstraram estar com as informações bem memorizadas e se divertiram na hora da atividade final, que contou com uma música para descontrair o corpo e fazer lembrar que a harmonia tanto no trânsito quanto nas relações interpessoais é fundamental.
"Eu gosto de terminar o jogo dessa forma até para trabalhar nas crianças a importância da tolerância. Pela idade, eles já são naturalmente competitivos e o abraço que damos nos final é para amenizar a rivalidade, que também não deve acontecer no trânsito", explica a coordenadora do setor de Educação de Trânsito da CMTU, Danielle Pizaia.
Segundo ela, neste primeiro semestre já foram atendidos seis mil alunos pelo programa, que existe desde 2009. "A educação no trânsito é um assunto que envolve a todos e quanto mais cedo a conscientização melhor", acrescenta. As escolas interessadas em participar do programa devem se inscrever pelo site da CMTU. Há dinâmicas diferenciadas conforme a faixa etária dos alunos.
No final, música para descontrair e um abraço para amenizar a rivalidade, promovendo a harmonia também nas relações interpessoais
Fonte: Folha de Londrina
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