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segunda-feira, 6 de maio de 2013

Saúde: Driblando a incontinência urinária


 

A perda involuntária de urina, mesmo que em pequena quantidade, não é considerada normal; há tratamento e cura para o problema

A perda involuntária de urina pode surgir por diversos motivos e é duas vezes mais comum em mulheres do que em homens. Pesquisadores afirmam que pelo menos 5% da população mundial enfrenta o problema. A questão é que a incontinência urinária não pode ser considerada normal, ela interfere diretamente na qualidade de vida e por vergonha, muitas pessoas convivem anos com a desfunção até decidirem procurar ajuda médica. Este foi o caso da dona de casa Ivonete Maria da Silva Pereira, de 57 anos. Ela enfrentou o problema sozinha durante cinco anos e há cerca de um ano descobriu que existe tratamento. Hoje, seu quadro já apresenta melhora (veja nesta página).

A incontinência é mais comum nas mulheres pelo próprio fator anatômico, já que a uretra feminina tem um comprimento menor. Além disso, as alterações hormonais ao longo da vida da mulher, como as gestações e a menopausa, podem desencadear um problema nos ligamentos que sustentam a uretra dentro da pelve, ocasionando a perda involuntária de urina.

A bexiga e os outros órgãos internos são sustentados pela pelve e por uma série de músculos. Quando estes músculos ficam frouxos ou pouco fortalecidos podem ocorrer vazamentos involuntários da bexiga ou do reto.

De acordo com o médico urologista, Silvio de Almeida, a incontinência urinária pode ser provocada por esforço - quando aparece na hora em que a pessoa tosse, espirra ou pega peso -, por urgência (também chamada de bexiga hiperativa molhada) - quando a pessoa sente vontade de urinar mas não dá tempo de chegar até o banheiro -, e ainda há a incontinência mista, que apresenta características das duas anteriores.

Genética, obesidade, gravidez, parto normal mal conduzido ou demorado, e procedimentos cirúrgicos ou irradiação que danifiquem os nervos da região estão entre as principais causas do problema. O urologista destaca que na medida em que vamos envelhecendo a bexiga hiperativa molhada se torna mais frequente. ‘’Com o passar dos anos, a musculatura também atrofia, a falta de hormônios femininos e o aumento na próstata nos homens são situações comuns aos idosos e que favorecem o aparecimento da incontinência urinária’’, salienta.

Apesar do problema ser mais comum entre as pessoas com idade avançada, as mulheres jovens também podem ter incontinência, principalmente as gestantes e aquelas que tiveram partos normais complicados. ‘’Praticar exercícios físicos, manter o peso adequado, evitar a obstipação intestinal, não fumar para evitar a tosse e fazer fisioterapia específica antes do parto são alguns cuidados que previnem a incontinência urinária’’, destaca o médico.

Além de prevenir o problema, a fisioterapia também apresenta bons resultados no tratamento (veja mais nesta página). Nos casos em que os exercícios e os medicamentos não solucionam a questão é indicada a cirurgia. Segundo Almeida, antes do procedimento cirúrgico é realizado um estudo urodinâmico, o exame ajuda a determinar a causa do problema e consequentemente aponta o tratamento mais adequado.

O fator psicológico é o mais afetado das pessoas que têm incontinência urinária. Conforme o médico, a depressão, a baixa autoestima, o custo dos medicamentos, a queda na produtividade desta pessoa no trabalho e a perda de relacionamentos afetivos por conta da vergonha do parceiro podem fazer parte da vida do paciente que não procura ajuda. Ele destaca que perder urina - mesmo que em pequena quantidade - nunca é considerado normal.

Fonte: Folha de Londrina
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