ANUNCIE AQUI!!! AGUARDEM SOB NOVA DIREÇÃO

maua.noticias@hotmail.com

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Porto 24 horas começou a funcionar em Paranagua nesta segunda-feira (06)




A partir de hoje, os serviços federais de fiscalização vão funcionar 24 horas por dia no Porto de Paranaguá. O programa Porto 24 horas é uma medida do governo federal e foi anunciada pela Secretaria Especial de Portos (SEP) para oito grandes terminais. O objetivo é desburocratizar e dar mais eficiência ao sistema portuário para aumentar a competitividade do País. A operação 24 horas iniciou, apenas em caráter de teste, às 18 horas da última sexta-feira. Exportadores e importadores não acreditam em mudanças significativas com a medida.

O novo regime prevê que equipes de fiscalização dos diversos agentes públicos que atuam nos portos - como Receita Federal, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Ministério da Agricultura - operem eletronicamente integrados para liberar cargas, embarcações e veículos.

A expectativa do governo federal com as mudanças é reduzir em 25%, em média, os custos de operação portuária. O objetivo deverá ser atingido com a diminuição do tempo de movimentação de mercadorias, tanto importadas quanto de exportação.

Representantes do setor agrícola, da indústria e exportadores ouvidos pela FOLHA não acreditam que a nova medida do governo federal traga muitos benefícios para agilizar a liberação de cargas. Para o assessor técnico-econômico da Federação da Agricultura do Paraná (Faep), Nilson Hanke Camargo, a fiscalização 24 horas pode melhorar um pouco a liberação de cargas, mas a melhora do aumento da competitividade do porto só viria com elevação na velocidade operacional. Isso aconteceria, segundo ele, com mais berços de atracação, maior profundidade nos berços e com mais velocidade de embarque e desembarque que depende de novos equipamentos. "A medida melhora a parte administrativa, mas é preciso dar mais agilidade para a parte operacional", destacou.

O coordenador do Departamento Econômico da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Maurílio Schmitt, acredita que se o trabalho for eficiente pode dar fluidez nos despachos aduaneiros. Para ele, o grande problema é a infraestrutura deficiente em rodovias para trazer as cargas de seus locais de origem até o porto. Schmitt não acredita na redução de 25% dos custos da operação portuária com a fiscalização 24 horas.

O vice-presidente do Sindicato das Empresas Importadoras e Exportadoras do Paraná (Sindiexpar) e diretor da Max Trade Importadora e Distribuidora, João Ricardo Gritzenco, também não acredita em muitas mudanças com a medida. Segundo ele, hoje só a liberação de cargas pela Receita Federal demora de dois a 15 dias. "Hoje, temos que apresentar a documentação separadamente para cada órgão fiscalizador. Os órgãos públicos não andam na mesma velocidade que as transações comerciais mundiais", declarou.

Já o superintende da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Luiz Henrique Dividino, prevê que a novidade implantada pelo governo federal vai trazer melhorias como acelerar o desembaraço, transporte e armazenagem de cargas. Para Dividino, a medida também deve melhorar o atendimento aos usuários dos portos. "Trará agilidade em todas as áreas."

De janeiro a março deste ano, o porto movimentou um total de 9,636 milhões de toneladas, sendo 5,579 milhões de toneladas de produtos exportados e 3,958 milhões de toneladas de importados.
Fonte: Folha de Londrina
Compartilhe : :

0 comentários: