A cápsula virou motivo de discussão na casa da empregada doméstica Jerusa Pereira dos Santos, 40, moradora do bairro Nova Campo Grande, desde o sábado de manhã, quando o operário de uma construtora que executa obra no mesmo bairro escavou uma munição igual.
O operário José Ronaldo Ferreira, 26, disse ter visto a munição, lavou-a e exibiu-a aos colegas. Após um acidente de trânsito ocorrido na região e a chegada do Corpo de Bombeiros, o artefato foi mostrado às autoridades.
Na ocasião, um bombeiro disse que se tratava de objeto explosivo e acionou uma equipe especializada em bombas, da Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais (Cigcoe).
Os militares foram ao local, isolaram a área e detonaram o material.
Uma das filhas de Jerusa viu a cena e correu para avisar a mãe. Pelo relato da família, a munição foi achada há 15 anos, quando a doméstica, que ajudava o marido na construção, cavava um buraco para instalar a fossa de sua casa. Ela viu o artefato e resolveu usá-lo como encosto na porta, ou no portão. Além disso, crianças da casa pegavam a munição para amassar latinhas.
Embora ainda não confirmado pela assessoria de comunicação do Exército, presume-se que no local onde foram achados os dois explosivos funcionava um stand de tiros da unidade militar.
Policiais militares que viram a munição disseram também que o artefato possa ter sido fabricado há cerca de sete décadas.
Até a tarde desta segunda-feira (30), o objeto permanecia na casa da doméstica. Uma equipe do Cigcoe ficou de apanhá-la. Isso não teria ocorrido antes porque a dona da casa estava no trabalho.
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